sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Cacique Xicão


"... a preocupação nossa não é no momento atual e sim, no futuro, porque nóis pode fazer a nossa viagem... eterna, mas as nossas crianças, os nossos netos...filhos, eles precisam viver nessa terra, e é preciso que a gente comece a prepará-los de agora, pra eles irem acompanhando e dêem seguimento e assim, por diante".(Cacique Xicão, em depoimento à imprensa, contido no disco O Outro Mundo de Manuela Rosário da banda mundo livre s/a).

Cacique Xicão Xucuru foi um exemplo de resistência. Lutava pela demarcação das terras de sua tribo Xucuru, no município de Pesqueira/PE. Foi assassinado covardemente em 1998 por motivos fundiários e os algozes, até que eu saiba, não foram punidos.


Imagem colhida do sítio:
http://www.manguebit.org.br/mlsa/xicao/index.html

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

...e vem aí mais um capítulo inédito da saga: A PELEJA DO BEM CONTRA O MAL

Queridas & Queridos,

A partir do próximo sábado (30/12) esse blog entrará em recesso: uma semana, dez dias no máximo (vou curtir uma praia!). Por isso, um FELIZ 2007 procês! Nada original, não?

Gostaria de dizer só mais algumas cositas. Sou uma otimista, não sei bem porque, talvez por uma questão existencial: a vida pra mim não faria o menor sentido se não acreditasse em mudanças, transformações e revoluções (mesmo que silenciosas, mesmo que vagarosas). Sem querer ser maniqueísta mas já sendo, existe uma luta (bem antiga, diga-se de passagem) entre o Bem e o Mal (perdoe-me, Nietzsche!). Mas não pretendo falar aqui onde se encontram o Bem e o Mal : é muita polêmica pra fim de ano... Hummm...bem, não resisto: apesar dos seus pecados (quem não tem?) a esquerda NÃO é o Lobo Mau e os Três Porquinhos assinam embaixo.

Pois bem, 2007 será um ano de luta como tem sido os últimos anos. A vida não tem sido fácil para milhões de pessoas no Brasil e no Mundo: desemprego, fome, guerras... Mas apesar das dores do mundo continuo sendo uma otimista (tô me repetindo?) e a razão desse otimismo, razão outra, vem da constatação de como a sociedade civil está a cada dia mais organizada (bem verdade o PCC também... Putz!). Taí o MST, os movimentos de negros, os movimentos indígenas, feministas, gays, ambientalistas, Fóruns Sociais (regionais, nacionais e mundiais), movimento zapatista, ciberativismo... E a internet tem sido um meio bastante eficiente para a troca de informações, organização de movimentos e ações de repúdio e resistência. Por isso meus caros e minhas caras não podemos desanimar. Vamos disseminar a contra-hegemonia! Viva a diversidade! Chega de etnocentrismo! Por uma outra globalização! Sejamos contra-ideológicos! Derrubem esses muros! YA BASTA! Adoro palavras de ordem... ops, de desordem. Mas confesso: minha natureza é mais contemplativa que ativa...

Mas retornando à luta: Temos as nossas armas, moçada, apenas precisamos utilizá-las de forma inteligente, sensível e sábia. Não pretendo falar muito. Sou pessoa de poucas palavras. Entretanto quero reafirmar aqui, citando o lema dos Fóruns Sociais, que acredito e sei que muitos de vocês também:
Um Outro Mundo é Possível!

Um abraço e um beijo animadores em cada uma e cada um de vocês!
E pelejemos, pelejemos...
Té a volta!

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

The Godfather of Soul


James Brown
(1933-2006)

E o Pai da soul music foi remexer o corpinho lá no céu. Que descanse em paz...

E Tony Tornado pede a bênção!
Podes crer, amizade!

wu-ming

Wu-ming é um coletivo de escritores que funciona como uma empresa de serviços narrativos (romances, guias, reportagens para órgãos de comunicação). Apesar do nome em mandarim (wu-ming quer dizer “sem nome”) não são chineses mas sim italianos. Adotaram esse nome porque não gostam da idéia de celebridade nem do "gênio" solitário. Interessam-se por deslizes de identidade, heteronímias e táticas de comunicação-guerrilha. Criticam a lógica do direito autoral e trabalham com a idéia de open source e software livre. Sua conduta é “estar presente mas não aparecer: Transparência para com os leitores e opacidade para com a mídia”(Wu-ming). Isto não significa que não dêem entrevistas e apresentem publicamente seus livros. Mas não gostam de serem fotografados, ao invés disso pedem para divulgar seu logotipo composto por dois ideogramas. A escolha do nome chinês também se deve ao fato de acreditarem que o futuro da humanidade depende do que acontecerá às margens do Pacífico, “É aqui que se joga quase tudo, tanto em termos de catástrofe global (humana, ambiental...) quanto em termos de pesquisa de alternativas. É aqui que o imaginário do planeta vai se deslocando”(Wu-ming). Quanto às histórias o Wu-ming se interessa não por grandes personagens mas pela multidão, “a multidão anônima e rumorosa dos eventos, destinos, movimentos e vicissitudes” (Wu-ming). Valoriza a cooperação social e a potência do coletivo tanto nas narrativas (conteúdo) quanto no próprio ato (produção) de narrar.
Como diz Michel Maffesoli (O Tempo das Tribos): “é do segredo compartilhado que se mantém vivo um grupo” ou ainda “a solidariedade surge de um sentimento compartilhado”.

Bacana, não? E não esqueçamos que em Macau se fala português.

Quem quiser saber mais visite o sítio :
http://www.wumingfoundation.com

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Pense, num disco arretado!!!



“O forró é a mais injustiçada e discriminada das músicas que se fazem no Brasil. Por exemplo, a caudalosa discografia do forró, que teve seu auge nos anos 60 e parte dos 70, continua quase inteiramente fora de catálogo. Esta falta de cultura musical, levou as mais recentes gerações de forrozeiros a fazer e gravar basicamente xote, com letras que pouco diferem do que cantam as duplas sertanejas. O forró é um manto sob o qual se abriga uma grande variedade de ritmos, estilos, gêneros, inclusive o samba. Aliás, antigamente, no Nordeste, forró e samba tinham o mesmo significado. O forró e o samba eram a festa, onde se tocava do baião ao chorinho. Depois que o samba carioca foi alçado à música da nacionalidade, foi que o samba passou a designar um gênero musical. No Nordeste ele foi adaptado para a sanfona, o triângulo, a zabumba, mais violões, banjo, instrumentos de sopro. Era chamado "samba de matuto", ou "samba de latada". A latada, no caso, era uma extensão da casa, ou "puxada", coberta por folhas de flandres, onde aconteciam os forrós, ou sambas. O samba de latada teve como um dos maiores intérpretes o sanfoneiro Abdias, seguido pelo paraense Osvaldo Oliveira. 40 anos depois, Josildo Sá traz de volta ao disco esta nuance esquecida do samba. E vem na companhia de um dos maiores músicos do mundo, Paulo Moura. Não poderia tal contubérnio dar noutra. Um disco que nos leva àqueles sambas de latada dos anos 60. Daqueles que rescendiam a suor, perfume barato, com os casais grudados que nem carrapato. (...) Pense, num disco da porra!!”
(José Teles - Jornalista do Jornal do Commércio Recife/PE, Escritor, Pesquisador e Crítico Musical)
http://www.fabricaestudios.com.br
http://www.josildosa.com.br
http://www.paulomoura.com

0,5 cm

A meio centímetro. Menos de um passo. Quase um palmo. Não, nem uma polegada. Posso sentir tua respiração, teu calor, as batidas do coração a meio centímetro de mim. O suor a meio centímetro dos lábios. O pau a meio centímetro da buceta. A ponta da língua a meio centímetro do cu. A gota de sangue a meio centímetro da mordida. O murmurar de obscenidades a meio centímetro dos uivos meus. Você e eu, fudidos, esfolados, a nem um passo, a nem um palmo, nem uma polegada: a meio centímetro do paraíso.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

NÃO aos 90,71%

Quem quiser assinar uma petição da sociedade civil contra o aumento absurdo que os parlamentares do Congresso Nacional estão querendo dar a si próprios (que cara de pau!!!) é só clicar aqui www.PetitionOnline.com/oeleitor. A minha assinatura foi a de número 85523. Assinem já!

OLHO VIVO, INDIGNAÇÃO E AÇÃO!
Abraço e beijo a todos e todas (ai meu deus, essa questão de gênero já me cansa...)


Peguei a dica com o Pirata Z.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

voar e cair: quase
















Ela era uma artista. Artista do vôo e da queda, livre. Não tinha medo de quedas e sorria, sorria. Sorria da própria quase queda. Mas ela negava que voava, sim, ela negava. Ela dizia que caía. Porque essa era a sensação que tinha: sentia que caía, sentia a queda. Dizia que gostava de sensações rápidas de queda. Como um susto momentâneo, como brincadeira de criança quando brinca de segurar o outro que se deixa cair para trás ou para frente. A queda ou quase queda fazia parte da sua vida. E eu chamo quase queda porque era uma queda interrompida. Mas sinceramente eu prefiro chamar de quase vôo porque é assim que eu vejo essa queda: um vôo, um vôo interrompido, incompleto, como acordar no auge de um sonho. Quase um vôo ou um pequeno vôo. Acordar no limiar, sem completar. A incompletude. Porque quase tudo na vida é incompleto. Ou melhor, tudo na vida é incompleto. Pouco é quase tudo. Tudo é quase um pouco. Tudo tá quase quase. Tudo nunca é tudo. Ninguém é tudo na vida. Ninguém “é tudo” na vida do Outro. Mas quantos são quase tudo? Poucos, bem poucos... E ela ? Quem é ela? Ela é quase deusa, quase bruxa, quase puta, quase anjo, caído, num quase vôo, quase vou.

Imagem de trapezista do Google Images

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Sivuca... (1930 - 2006)










Feira de Mangaio (Sivuca e Glória Gadelha)
"Fumo de rolo arreio e cangalha
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Bolo de milho broa e cocada
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Pé de moleque, alecrim, canela
Moleque sai daqui me deixa trabalhar
E Zé saiu correndo pra feira de pássaros
E foi pássaro voando em todo lugar


Tinha uma vendinha no canto da rua
Onde o mangaieiro ia se animar
Tomar uma bicada com lambu assado
E olhar pra Maria do Joá

Cabresto de cavalo e rabichola
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Farinha, rapadura e graviola
Eu tenho pra vender, quem quer comprar
Pavio de cadeeiro panela de barro
Menino vou me embora, tenho que voltar
Xaxar o meu roçado, que nem boi de carro
Alpargata de arrasto não quer me levar

Porque tem um Sanfoneiro no canto da rua
Fazendo floreio pra gente dançar
Tem Zefa de purcina fazendo renda
E o ronco do fole sem parar"




Essa música na voz da grande (que saudade!) Clara Nunes era (é) perfeita!

Adeus, Sivuca...
Imagem do sítio: Sivuca na Rede

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

E a mulher foi pro espaço...


Se há uma coisa que eu invejo nos astronautas é a experiência com a falta de gravidade. Eu adoraria poder voar, flutuar e dar cambalhotas no ar. Já tive vontade de ser artista circense (trapezista), o que seria bem mais acessível. Mas sentir a falta de gravidade deve ser algo fantástico!

Essa aí ao lado é Valentina Tereshkova, primeira mulher cosmonauta da história, primeira mulher que realizou uma viagem ao espaço. Em junho de 1963, Valentina pilotou a Vostok 6, nave russa, e completou 48 órbitas ao redor da Terra em 71 horas. Ela tinha apenas 26 anos de idade.

Ah, anos 60, essa década louca, esses anos loucos, década de paradoxos. No Brasil: Golpe militar, AI-5 e tropicalismo. No mundo: Guerra do Vietnã, Maio de 68... Revoluções, ditadura, guerras e corrida à lua. E Valentina dando cambalhotas no espaço... Tereshkova, Tereshkova, Tereshkova... adoro pronunciar nomes russos, adoro! Tereshkova, Tereshkova,Tereshkova...

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

S.O.S Grelo



... e tem aquela história que diz que a mulher precisa do homem só na hora de abrir o vidro de azeitona. Discordo veementemente. Eu abro vidro de azeitona, sim, como também troco lâmpadas, mato baratas... Todavia, meus caros e minhas caras, devo confessar com um sentimento de fracasso imenso: não consigo lamber o meu próprio grelo! Absurdo isso, não?! Onde já se viu, não conseguir lamber o próprio grelo? É tão absurdo quanto um homem não conseguir chupar o seu próprio pau. Vocês conseguem, né, rapazes?
Mas é verdade, moçada, não consigo, já tentei de várias formas e posições. Estou começando a ficar complexada, preciso ir a um analista (de preferência, tarado). Creio que devo ter algum problema de coluna, sei lá... Por favor, não caçoem de mim. É uma limitação minha dentre muitas outras. Então, nesses momentos... é...bem...quero dizer...quando me dá aquela vontade de ser lambida no grelo, eu sou completamente dependente de um homem. Só que eu não sou casada nem estou namorando. E por incrível que pareça sou uma moça tímida, tenho meus pudores. Para mim é muito difícil sair à rua e me dirigindo a um estranho qualquer, dizer: Ei moço, o senhor poderia lamber o meu grelo, só um pouquinho, sem compromisso, viu? Ou então falar com algum velhinho: Por favor, não quero tomar seu tempo, meu bom velhinho, mas poderia me dar uma lambidinha no clitóris? E então o velhinho diria: O quê? Não escutei direito, minha filha, repita por favor. E sem poder falar mais alto na rua eu apelaria para a mímica (que ridículo). Mas o velhinho continuaria sem entender nada...

Bem, talvez seja o caso de marcar uma consulta com um ortopedista. O que acham? Tô precisando de ajuda, senão vou acabar enlouquecendo ou desenvolvendo sérios problemas na coluna vertebral. Ai! Meu cóccix!


Imagem do Google Images e também capa do Cd do artista inglês Jan Allain (não conhecia).

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

domingo, 10 de dezembro de 2006

...mas a questão é que...


Questão de ordem:
sou desordenada
porque
não sigo ordens.

Questão de classe:
sou desclassificada
porque
não sou classificável.

sábado, 9 de dezembro de 2006

+ Arte Erótica

Uaaau! Macacos me mordam!
Desenho do grande quadrinhista italiano, falecido em 2003, Guido Crepax. Que loucura, hein?! Aaaaaau!!!

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Arte Erótica


Quem sempre visita o meu refúgio já deve ter percebido a minha admiração pelo grande artista austríaco Egon Schiele, basta ver suas obras que já editei aqui. Acho belíssima e muito moderna sua pintura expressionista: seus amantes em lençóis amassados, as jovens e belas putas que pintou, seus auto-retratos nu ou vestido (que são muitos)...

Schiele nasceu em 1890 em Viena. Filho de uma família humilde: seu pai trabalhava em estradas de ferro. Aos quinze anos ficou órfão do pai e um tio materno assumiu seus cuidados. Um tio que me pareceu muito bacana, por reconhecer no sobrinho seus dotes artísticos e o apoiar. Assim Schiele iniciou seus estudos de desenho e pintura numa Academia de Viena, mesmo contra a vontade de sua mãe que queria que ele seguisse a profissão do pai (tem cada mãe...). Aos 17 anos conheceu Gustav Klimt (artista que eu também adoro!). Klimt foi seu mecenas, comprando suas obras, arranjando-lhe modelos e o apresentando a pessoas influentes. Aos 18 anos realizou sua primeira exposição mas insatisfeito com o conservadorismo da academia, Schiele abandonou os estudos e com outros colegas criou o grupo Neukunstgruppe (Grupo Nova Arte). Daí começou a explorar mais as formas e expressões humanas bem como a sexualidade.

Em 1911 conheceu Valerie Neuzil, garota de dezessete anos, com quem viveu em Viena e a usou como modelo em seus melhores trabalhos. Schiele e Valerie mudaram-se mais de uma vez de cidade: seu hábito de pintar adolescentes da zona tinha impacto negativo sobre a população (caretice, caretice, caretice). Schiele chegou a ser preso, durante 21 dias, por suas obras serem consideradas pornográficas.

Bem, foram muitas as exposições de sucesso desse grande artista, principalmente aquela que expôs seu trabalho inspirado na Última Ceia, no qual seu retrato aparece no lugar de Cristo (muito iconoclasta, hein?).

Em 1918, Edith, grávida, morreu vítima de gripe espanhola e Schiele retirou-se deste mundo poucos dias depois, tinha apenas 28 anos, morreu de apoplexia , mesmo mal que acometeu Klimt, morto no mesmo ano.

Ao invés de ter colocado uma foto de Egon eu poderia ter editado mais uma obra sua, talvez um auto-retrato nu. Só que também curto fotografia e achei essa foto linda, muito expressiva. Ah, mas Egon foi um homem muito expressivo e belo...

Belo e Safado...

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Sabedoria

A felicidade, no reduzido sentido em que a reconhecemos como possível, constitui um problema da economia da libido do indivíduo. Não existe uma regra de ouro que se aplique a todos: todo homem tem de descobrir por si mesmo de que modo específico ele pode ser salvo.
Sigmund Freud. O Mal Estar na Civilização.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Delírio


curvei-me
até o chão
e beijei teus pés

não

não eram teus pés
mas tão somente
pegadas
de ilusão




Pintura de Egon Schiele

A lebre e a tartaruga


Retomei minhas caminhadas matinais na beira-rio do bairro da Torre. Estava precisando. Mas não pretendo fazer aqui apologia de vida saudável. Quero falar sobre o meu caminhar pensante.

Todo mundo pensa enquanto anda. Eu imagino que sim, né? Eu penso bastante e o meu pensamento voa, foje e quando eu descuido ele já está a 700 m de distância de mim. É uma lebre esse pensamento. Já meu corpo é uma tartaruga, não acompanha o pensamento e fica para trás, sempre.

Hoje eu resolvi criar uma disputa entre os dois: o pensamento-lebre e o corpo-tartaruga. Alonguei meu corpo, me concentrei e acelerei o ritmo, marcha acelerada e não é que num descuido da lebre a tartaruga alcançou a velocidade do pensamento que quase desapareceu, e por pouco não atingi o satori.

Papo doido, né? Passou, gente, passou.


Desenho acima de Hare & Tortoise

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

veludo azul

me esfrego
no fruto ma
duro, ma
cio veludo -
carícia na carne
nua

me abro
inteira,
minha pele sua
e na carne crua
recebo rajada
do vento azul
de agosto

Pintura de Egon Schiele

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

O Olho do Furacão

Eu estou no olho do furacão
de emoções fugidias
que giram e giram
há dias

Eu estou no olho do furacão
de tempestades emocionais
que aportam e aportam
no cais

Eu estou no olho do furacão
de alucinadas paixões
que gemem e gemem
canções

Eu estou no olho do furacão
Eu sou o olho...

Dia de Combate à Aids


Hoje é o Dia de Combate à Aids, por isso, moçada, usem camisinha, sempre. Tudo bem, eu sei, é mais gostoso sem... mas fazer o quê, né? Um abraço.
E uma trepada bem gostosa pr'ocês!


Pintura de Keith Haring. Para quem não sabe, Keith Haring foi um artista pop novaiorquino, homossexual, ativista e que faleceu em fevereiro de 1990 aos 31 anos de idade vítima de aids.