terça-feira, 30 de outubro de 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

tocando em miúdos



capa da coletânea

Toc 140 é uma coletânea de poesias editadas no twitter que, como o próprio nome sugere, não podem ultrapassar 140 toques (o máximo que o twitter permite), incluindo os espaçamentos e barras exigidos para separar os versos. O livro será lançado na Fliporto - Festa Literária Internacional de Pernambuco - no dia 18 de novembro, em Olinda. E... tchan-rã!!! ... Tem um miúdo meu lá :p
Eis o poeminha que, inclusive, já havia publicado aqui, no refúgio:

2 tempos
em repouso
dor surda
em movimento
muda

No twitter ficou assim: 2 TEMPOS // em repouso / dor surda / em movimento / muda

PS: Quem quiser conferir os 100 poemas do toc 140, espia aqui.



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

das pequenas coisas que me importam


fiapos e trapos são coisas que me interessam
tudo que se esgarça, que se desgasta
coisas - e gente - que envelhecem, sinais, manchas, rugas
sinais do tempo que passa...
papéis manchados, corroídos, amarelados
fotos em sépia
madeira sem verniz, tijolo aparente, parede no emboço, caiada
gosto das coisas sem acabamento, inacabadas 
assim como gosto de rascunhos e rabiscos
aliás, rabisco é feito fiapo, um fio tênue que acaricia a pele pálida do papel...

gosto dessas coisas que se rejeita, do refugo, da migalha
gosto do "mal feito" e gosto do maltrapilho
gosto das imperfeições, que me parecem mais sinceras e, por isso, mais belas
gosto do erro e do tropeço
da costura pelo avesso
gosto, gosto muito, do outono das coisas

(plena primavera e eu aqui de outono...)



domingo, 7 de outubro de 2012

Kitty, Daisy & Lewis

Descobri este trio no blog do jornalista Luís Nassif.
Trata-se de três irmãos ingleses (duas moças e um rapaz) que fazem um som com referências retrô (leia-se: rockabilly, swing, country, rhythm and blues, ska...).
Gostei e fui atrás de outras músicas e vídeos do trio. Delicia!



terça-feira, 2 de outubro de 2012

memórias de porcelana


Lembro do talco no colo e cangote da minha que ela usava quando saía do banho. Minha se ninava antes de dormir balançando na rede. Fazia isso falando sozinha. Mais tarde descobri que era pai nosso, ave maria...

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Porcelana antiga das xicrinhas da minha lembra tempos remotos, quando a delicadeza morava até nos armários mais rudes.

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De tempos em tempos meus ancestrais aparecem de nuvem. 
Guardo todos eles na cabeceira do céu e, à noite, as estrelas me contam seus pecados e virtudes, só para lembrar que sou herdeira desses mesmos pecados e virtudes. 
Esse milagre que de tempos em tempos me alivia, funciona mais que reza, mais que oração.

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Tenho um fraco por olhos que me aninham.